Cantora é destaque da mídia estrangeira após sucesso em premiação VMAs, mas conta que não consegue formar uma família ainda por causa da fama.
Anitta posa para capa de revista americana — Foto: divulgação instyle/JOSEFINA SANTOS
Eleita pela maior premiação de vídeos internacional como “Melhor Latina” pelo segundo ano consecutivo, Anitta está focadíssima nos próximos lançamentos e revelou em entrevista a revista americana que já tem 60 músicas prontas.
Mas a curadoria é um processo longo: “Estamos tentando entender qual é o melhor caminho para essas músicas”, diz ela à revista Instyle. No entanto, a cantora conta qual será seu próximo single. Em breve, Anitta lançará “Grip”, faixa que homenageia outro tipo de funk: o ‘Miami Bass’.
“É mais uma questão de batida, instrumental e produção do que a letra. Queria mostrar como o funk brasileiro não tem muitas letras e muitos significados. São apenas coisas sexuais.”
Anitta na capa de revista americana Instyle — Foto: divulgação instyle/JOSEFINA SANTOS
O próximo álbum da Anitta, previsto para o ano que vem, é um projeto inteiramente de funk carioca, um subgênero do hip-hop que surgiu nos espaços pobres das favelas durante a ditadura militar brasileira da década de 1980, e que foi severamente criminalizado. É importante para a artista conhecer a história do funk carioca e como ele marginalizou as populações de onde surgiu, segundo a revista Instyle.
A cantora está usando sua plataforma para estimular a criatividade das favelas – dançarinos, coreógrafos, designers, produtores e escritores.
“Precisamos ter pessoas reais para nos sentirmos autênticos, para sentir que estou fazendo algo mais do que apenas usar [a cultura]”, explica à revista.
Anitta diz que quer fazer parte de como será o futuro do baile funk. “Já mudou muita coisa no Brasil. Não é mais considerado crime, toca nas rádios, toca nas boates, coisas que não aconteciam no começo. Então, para mim já é uma grande vitória”.
Anitta vence prêmio no VMA — Foto: Mike Coppola/Getty Images for MTV
Dona de dois prêmios VMAs, a cantora comentou sobre as próximas duas colaborações com estrelas internacionais previstas para serem lançadas em breve. Uma delas, “Where I Want To Be”, com Sam Smith, é sobre “um relacionamento divertido e descontraído” e apresenta um videoclipe filmado nas ruas do Brasil durante o Carnaval.
A outra é “A Girl Like Me” com Chlöe Bailey. “Ela é uma das minhas maiores amigas na América, e nós fizemos [a música] porque eu [penso] nela como uma irmã”, diz Anitta. A cantora explica que não é uma jogada de marketing para se promover em outros países. “Foram apenas duas amigas dizendo: ‘Vamos fazer algo juntas, vamos nos divertir’”.
Anitta no seu clipe, ‘Funk Rave’ — Foto: Gabriela Schmidt
Com Anitta retornando às raízes do baile funk de Larissa Macedo, a cantora comenta se livrar um pouco da personalidade que a tornou uma estrela do pop. “Talvez algum dia terei músicas com meu nome de nascimento… Eu poderia fazer uma música que falasse sobre minhas duas personalidades”. De qualquer forma, a musa de “Funk Rave” deseja que a personagem Anitta evolua para algo que seja “um pouco menos explosivo e um pouco menos chato. Porque eu acho que Anitta é uma grande vadia”.
A jornalista da revista Instyle analisa que a imagem que Anitta projeta impediu sua capacidade de ter tudo, o que é um ponto de frustração.
“No momento eu quero ter família e outras coisas, mas esse personagem não deixa”, a cantora admite em entrevista.
Por mais pouco identificável que Anitta possa parecer, sentir que seus objetivos profissionais e desejos familiares estão em desacordo é uma experiência surpreendentemente identificável. Talvez, se ela desacelerar, “Larissa possa ter um pouco de vida pessoal”, diz ela melancolicamente.
O Natal de Anitta com a família em Orlando — Foto: Reprodução/Instagram
Além disso, em entrevista a revista Instyle, Anitta comentou sobre críticas a sua bissexualidade. A cantora falou que as pessoas reclamam de ela não ter longos relacionamentos com mulheres, mas disse que até com os com homens não duram mais de três meses.