Bruna Marquezine e a Adoção Que Mudou Sua Vida!
Amor sem Fronteiras: A jornada de Bruna Marquezine e Amêndoa
Nova York, 2019. A cidade pulsa com suas luzes vibrantes, o som incessante dos táxis amarelos e o vai-e-vem apressado de moradores e turistas. No meio dessa multidão, Bruna Marquezine caminha sem pressa. Está ali a trabalho, mas também para respirar novos ares e tirar alguns dias de descanso. Entre fotos com fãs, passeios despretensiosos e um café quente para espantar o frio, Bruna não imaginava que aquela viagem mudaria sua vida para sempre.
Um encontro inesperado
Numa noite tranquila, já de volta ao hotel, uma mensagem iluminou a tela do celular. Era Rita Lazarotti, sua amiga, com algumas fotos e uma legenda curta: “Bru, olha isso aqui”. Nas imagens, uma cadelinha resgatada no Brooklyn, de pelagem castanha e olhos curiosos. O nome provisório: Mango.
Ao olhar para aquelas imagens, Bruna sentiu algo diferente. Uma conexão súbita, inexplicável. No dia seguinte, atravessou a ponte rumo ao Brooklyn para conhecer pessoalmente a cadela. O coração acelerava a cada passo. Quando chegou ao apartamento de Ann, a voluntária responsável por Mango, a porta se abriu e lá estava ela: pequena, tímida, observadora.
Bruna se ajoelhou, estendeu a mão e disse baixinho: “Oi, pequena.” A resposta veio em forma de um rabo abanando timidamente, seguido de um passo cauteloso em sua direção. Brincaram com uma bolinha, correram pelo apartamento e, em poucos minutos, Mango já estava aninhada no colo da atriz.
Foi amor imediato.
— Eu quero adotá-la. Ela tem que vir comigo — disse Bruna, com lágrimas nos olhos.
Uma luta por amor
Ann sorriu, mas alertou: adotar um animal nos Estados Unidos e levá-lo ao Brasil não era simples. Passaporte, vacinas, exames, quarentena. Um processo longo e burocrático.
— Faço o que for preciso — respondeu Bruna, decidida.
Os dias seguintes foram intensos. Entre compromissos de trabalho, Bruna encontrava tempo para visitar a cadelinha e acompanhar todo o processo de adoção. Durante uma dessas visitas, algo mudou. O nome Mango já não parecia combinar com aquela nova fase. Bruna olhou nos olhos castanhos da cachorrinha e sorriu:
— Amêndoa. Você tem olhos de amêndoa e é doce como uma.
Nome novo, destino novo. Mas ainda havia obstáculos. Quando tudo parecia pronto, surgiu a notícia: Amêndoa precisaria cumprir uma quarentena obrigatória antes de embarcar. Bruna protestou, mas as regras eram claras. A solução? Visitas diárias, muitas palavras de conforto e promessas.
— Logo estaremos juntas no Brasil. Eu prometo.
A espera e o recomeço
Durante a quarentena, Bruna preparava seu apartamento no Rio de Janeiro para a nova moradora. Estudou sobre alimentação ideal, adaptação de animais resgatados e até decorou um cantinho especial com cama, brinquedos e coleira personalizada.
Nas redes sociais, compartilhou com os fãs cada etapa da jornada, aumentando ainda mais a expectativa. “Contando os dias para ter minha pequena nos braços”, escreveu em um post comovente.
Na última visita antes da viagem, Amêndoa já reconhecia Bruna de longe. O rabo balançava antes mesmo da atriz entrar na sala. Elas se abraçaram forte, como se entendessem que aquela seria a última despedida antes de uma nova vida.
Chegada ao Brasil
O dia da viagem finalmente chegou. No aeroporto de Nova York, Bruna se despediu temporariamente de Amêndoa.
— Nos vemos logo, pequena — disse, com o coração apertado ao entregá-la à equipe da companhia aérea.
Horas depois, no setor de carga do aeroporto do Rio de Janeiro, Bruna esperava ansiosa. Quando a caixa de transporte chegou, ela não conteve a emoção. Lá estava Amêndoa, um pouco assustada, mas viva, saudável — e pronta para começar a nova vida ao lado de sua nova dona.
Ajustes e descobertas
Os primeiros dias foram de adaptação. Amêndoa explorava cada canto da casa, conhecendo cheiros, ouvindo sons novos. Barulhos de fogos e trovões ainda a assustavam, mas aos poucos, encontrava conforto nos braços de Bruna.
As primeiras idas à praia foram cheias de descobertas. A areia era estranha no começo, mas logo se tornava território de brincadeira. A orla do Rio virou um dos lugares preferidos de Amêndoa.
A rotina agora incluía caminhadas ao pôr do sol, tardes de preguiça no sofá e muitas brincadeiras no quintal. Algumas noites ainda eram difíceis, com choro e insegurança. Bruna, então, deitava-se ao lado dela e sussurrava:
— Vai ficar tudo bem. Você está segura agora.
Um amor sem fronteiras
A história de Bruna e Amêndoa não é apenas sobre adoção — é sobre empatia, compromisso e coragem. Quando questionada por não adotar um cachorro no Brasil, Bruna sempre respondia:
— Cada vida importa. A minha conexão com Amêndoa foi imediata, inexplicável. Era pra ser.
Com o tempo, outros cães vieram para sua vida, como Chiro e Haku. Mas Amêndoa sempre teve um espaço especial no coração da atriz. As redes sociais se encheram de fotos e vídeos das duas. “Ela é o amor mais puro que já conheci”, dizia Bruna.
A jornada entre Nova York e Rio de Janeiro simboliza mais do que uma adoção internacional — é uma prova de que o amor verdadeiro não conhece fronteiras.
Hoje, Amêndoa vive feliz, correndo pela casa, brincando, dormindo no colo da dona. E Bruna, ao olhar para ela, sabe que aquela viagem inesperada lhe trouxe um dos maiores presentes da vida.