EMPRESA DE NEYMAR FOI “ʜᴜᴍɪʟᴀᴅ” POR UM AGENTE, MAS A REAÇÃO DO JOGADOR SURPREENDEU TODA A GENTE!
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O sol nascia timidamente no horizonte quando Clara, uma mulher batalhadora de 34 anos, ajustou o uniforme e pegou sua bolsa surrada. Sua rotina era sempre a mesma: acordar cedo, pegar dois ônibus lotados e chegar à mansão de Neymar, onde trabalhava como empregada doméstica há quase cinco anos.
Desde o primeiro dia, soube que precisava manter a discrição, afinal, trabalhava na casa de um dos jogadores mais famosos do mundo. Mas, apesar de todo o luxo ao seu redor, nunca se deixou deslumbrar. Seu maior objetivo era proporcionar um futuro melhor para Gabriel, seu filho de 10 anos, um menino esperto e apaixonado por futebol.
Ser mãe solteira nunca foi fácil. O pai de Gabriel os abandonou antes mesmo do nascimento, e desde então, Clara trabalhava incansavelmente para sustentar a casa. Seu maior sonho era comprar um carro simples, algo que a livraria das longas e cansativas horas no transporte público.
Já havia economizado uma parte do dinheiro, mas ainda faltava muito. Apesar das dificuldades, nunca reclamava, sempre grata pelo respeito que Neymar demonstrava por ela e pelos demais funcionários. No entanto, nem todos compartilhavam desse respeito. Rafaela, a assistente pessoal da casa, sempre fazia questão de menosprezá-la.
— Sabe, Clara, algumas pessoas simplesmente nasceram para servir, outras para serem servidas — disse Rafaela, com um sorriso irônico.
Clara engoliu o orgulho e focou no trabalho. O que Rafaela não sabia era que, por trás daquele uniforme, existia uma mulher cheia de sonhos.
Naquele mesmo dia, depois do expediente, Clara decidiu fazer algo diferente. Pegaria Gabriel na escola e juntos iriam até uma concessionária de carros para ver modelos acessíveis. Mesmo sem intenção de comprar ainda, queria se motivar e mostrar ao filho que aquele sonho era possível.
— Sério, mãe? Vamos ver os carros? Quem sabe você já encontra o nosso, né? — Gabriel disse animado.
Ao entrarem na concessionária, Clara sentiu um frio na barriga. O local era luxuoso, os carros brilhavam sob a iluminação impecável e o cheiro de couro novo impregnava o ar. Gabriel, empolgado, correu até um carro esportivo vermelho.
— Mãe, olha! Esse parece o carro do Neymar! — exclamou ele, radiante.
Clara sorriu, mas logo lembrou-se do seu objetivo: encontrar um carro econômico. Antes mesmo de dar o primeiro passo dentro da loja, percebeu olhares desconfiados dos vendedores. Um consultor elegante e de relógio caro se aproximou, mas seu tom de voz era seco e impaciente.
— Boa noite, posso ajudar? — perguntou, sem esconder a desconfiança.
— Sim, estou interessada em um carro popular, algo econômico — respondeu Clara educadamente.
O vendedor cruzou os braços e ergueu uma sobrancelha.
— Olha, senhora, os carros desta concessionária podem estar um pouco acima da sua faixa de preço. Talvez seja melhor tentar em outro lugar.
Gabriel olhou confuso para a mãe. Clara sentiu o sangue ferver. Ele sequer perguntou sobre sua condição financeira, apenas assumiu que ela não poderia pagar. Uma outra vendedora, loira e impecavelmente vestida, cochichava com uma colega.
— Que vergonha! Com certeza ela entrou aqui só para passear. Olha o jeito que está vestida… — disse, rindo.
Clara respirou fundo.
— Eu quero ver os carros populares. Tenho dinheiro guardado.
O vendedor sorriu sarcasticamente.
— Ah, entendi… Mas veja bem, nossos financiamentos exigem uma entrada alta. Posso perguntar qual sua profissão?
— Sou empregada doméstica — respondeu Clara.
Os vendedores trocaram olhares e soltaram um riso contido.
— Senhora, aqui vendemos carros de alto padrão. Talvez seja melhor procurar algo mais dentro da sua realidade…
Gabriel apertou a mão da mãe e sussurrou:
— Mãe, vamos embora…
Clara fez menção de sair, mas uma voz firme ecoou pelo salão.
— O que está acontecendo aqui?
Todos se viraram. Era Neymar. Ele vestia moletom de grife e boné, mas sua expressão era séria ao notar Clara e Gabriel.
— Clara? O que você está fazendo aqui? — perguntou.
Gabriel respondeu antes da mãe.
— Mãe só queria ver os carros, mas disseram que ela não pode comprar porque é empregada.
A frase caiu como uma bomba. Neymar encarou o vendedor, que engoliu seco.
— É isso mesmo? — perguntou Neymar, cruzando os braços.
— Não, senhor Neymar, foi um mal-entendido… — tentou se justificar o vendedor.
— Engraçado… Parece que você humilhou uma pessoa trabalhadora só porque achou que ela não tinha dinheiro — disse Neymar, friamente.
Clara tentou amenizar a situação.
— Neymar, não precisa disso…
— Precisa, sim. — Ele se virou para o gerente. — Traga o carro mais caro da loja. Quero comprar agora.
O gerente arregalou os olhos e fez um gesto rápido para os funcionários. Em poucos minutos, um modelo de luxo foi apresentado.
— Senhor Neymar, temos um lançamento incrível…
— Não é para mim. É para a Clara — interrompeu ele.
Clara ficou paralisada.
— Neymar, eu não posso aceitar isso…
— Pode sim — insistiu ele. — Você trabalha duro. Esse é meu jeito de retribuir.
Gabriel puxou a blusa da mãe.
— Mãe, por favor! Você sempre sonhou com isso!
Clara hesitou. O que as pessoas diriam? Neymar percebeu sua dúvida e disse:
— Às vezes, a vida nos dá uma chance de mudar. Você merece.
Ela respirou fundo. Olhou para Gabriel, depois para Neymar e finalmente para o carro.
— Tudo bem…
O gerente providenciou a papelada rapidamente. Enquanto isso, Neymar virou-se para Gabriel.
— E aí, moleque? O que achou do carro novo da sua mãe?
— É incrível, tio Neymar! Obrigado por fazer isso por ela!
Neymar sorriu e olhou para Clara.
— Mas tem uma condição: quero ser o primeiro passageiro desse carro.
Clara riu.
— Se esse é o preço, tudo bem!
Eles saíram da concessionária sob os olhares chocados dos vendedores. Naquela noite, rodaram sem destino, pararam em uma lanchonete, conversaram e riram. Neymar contou sobre sua infância, sobre como recebeu ajuda quando mais precisava.
Na manhã seguinte, Clara acordou com seu nome em todas as manchetes. Ao chegar à mansão de Neymar, foi recebida por Rafaela, que zombou dela.
— Agora você virou notícia, hein? Mas no fim, continua sendo só uma empregada.
Antes que Clara pudesse responder, Neymar apareceu.
— Tá com inveja, Rafaela? A Clara é uma das pessoas mais trabalhadoras que conheço.
Então, ele se virou para Clara.
— Já pensou em sair desse trabalho?
— Como assim? — perguntou ela, confusa.
— Você tem potencial para muito mais. Que tal abrir sua própria empresa de serviços domésticos? Eu te ajudo.
Clara ficou sem palavras. Nunca alguém acreditou nela dessa forma. No dia seguinte, Neymar apresentou um contrato de investimento inicial.
Nos meses seguintes, Clara abriu sua empresa, com Neymar como seu primeiro cliente. A mulher que um dia foi humilhada na concessionária agora era uma empresária de sucesso. E tudo começou naquela noite, quando Neymar decidiu que ela merecia mais.