A bordo de um luxuoso voo internacional entre Paris e Rio de Janeiro, Marina, uma comissária de bordo experiente, estava pronta para mais um turno exigente. Com um uniforme impecável e postura disciplinada, ela se orgulhava de sua profissionalismo e rigidez ao tratar todos os passageiros de maneira igual, independentemente de status ou fama. No entanto, aquele voo guardava uma reviravolta inesperada.

Quando Neymar Júnior, um dos maiores jogadores de futebol do mundo, entrou na aeronave, sua presença causou um alvoroço imediato entre os passageiros. Sorrisos, olhares curiosos e celulares erguidos para registrar o momento transformaram o ambiente. Marina, por outro lado, manteve sua indiferença. Para ela, Neymar representava o estereótipo de celebridade privilegiada, e isso a irritava profundamente.

Ao se aproximar para apresentar seu passaporte e bilhete, Neymar foi recebido por um olhar frio e um tratamento indiferente. Mas o que aconteceu a seguir deixou todos perplexos: sem qualquer aviso, Marina pegou o passaporte do jogador e, num ato impulsivo, rasgou-o ao meio. O silêncio tomou conta da primeira classe. Passageiros chocados, murmurinhos e câmeras gravando tornaram o momento ainda mais surreal.

Neymar, surpreso, tentou manter a calma. “Você está brincando, né?” Ele perguntou, esperando que fosse uma pegadinha. Marina, porém, sustentou seu olhar severo. “Famoso ou não, as regras são para todos”, disse, justificando seu ato insano com base em sua visão distorcida de justiça.

Carlos, um colega de tripulação, se apressou para tentar remediar a situação. O piloto, percebendo a tensão crescente, saiu da cabine para intervir. “Isso é inaceitável, Marina! Você está suspensa imediatamente!”, disse ele, deixando claro que não haveria tolerância para tal comportamento. Marina sentiu um frio na espinha. Perder o emprego por causa de um momento de impulsividade? A realidade começou a afundar sobre seus ombros.

Os passageiros, divididos entre a indignação e a diversão diante do escândalo, não perdiam um segundo da cena. Marina, removida do voo, caminhou pelo aeroporto sob olhares julgadores. Seu nome, antes desconhecido, agora era destaque nas redes sociais: “Comissária rasga passaporte de Neymar! Veja o vídeo do momento inacreditável!”. Seu telefone não parava de vibrar com mensagens de amigos, conhecidos e estranhos, alguns a insultando, outros demonstrando apoio.

Na sala da supervisão, Marina encontrou Luciana, a gerente da companhia aérea. Em cima da mesa, um tablet exibia o vídeo do incidente, já viral na internet. “Marina, você tem noção da gravidade do que fez? Isso é um escândalo internacional!”, disse Luciana, antes de entregar um documento de suspensão imediata. “O time jurídico da companhia está em contato com Neymar. Ele ainda não prestou queixa, mas a Polícia Federal foi informada. Você pode ser processada.”

Atônita, Marina saiu da sala sentindo-se cada vez mais derrotada. Seu telefone tocou. Um número desconhecido. Ao atender, a voz do advogado da companhia ecoou com uma mensagem definitiva: “Você será oficialmente demitida. Nenhuma companhia aérea vai contratar uma funcionária envolvida em um incidente desses. Sua carreira acabou.”

A noite foi longa. No banco do aeroporto, Marina refletiu sobre sua vida, suas escolhas e o momento de fúria que a levou a perder tudo. Seu telefone vibrou novamente. Uma mensagem de Neymar. “Espero que você aprenda algo com isso. Todos erram, mas reconhecer o erro é o primeiro passo para mudar. Boa sorte.”

Marina releu a mensagem várias vezes. Esperava que Neymar estivesse furioso, que movesse processos, que exigisse indenizações milionárias. Mas ele simplesmente seguiu em frente. E naquele momento, Marina percebeu que talvez tivesse julgado Neymar errado desde o início.

No dia seguinte, seu nome ainda estava nas manchetes, mas as notícias já se voltavam para outros escândalos. O mundo seguia em frente. Marina, no entanto, nunca esqueceria aquela lição. Seu erro lhe custou caro, mas talvez, com o tempo, ela pudesse encontrar um novo caminho.

Agora, a pergunta que fica: Marina merecia perder tudo? Ou todo mundo merece uma segunda chance?