Neymar da Silva Santos Júnior, mais conhecido simplesmente como Neymar, é um dos jogadores mais talentosos e controversos do futebol mundial. Nascido em Mogi das Cruzes, São Paulo, em 5 de fevereiro de 1992, ele rapidamente se destacou nas categorias de base do Santos, onde começou sua trajetória profissional. Desde então, sua carreira foi marcada por sucessos inegáveis, mas também por polêmicas que geraram um sentimento de aversão entre muitos torcedores.
A trajetória de Neymar começou a ganhar notoriedade em 2009, quando estreou pelo time principal do Santos. Desde então, ele conquistou diversos títulos, incluindo a Copa do Brasil e a Libertadores, além de ter sido parte fundamental da seleção brasileira nas Olimpíadas de 2012. Sua transferência para o Barcelona em 2013 solidificou ainda mais sua posição como um dos melhores jogadores do mundo, onde formou um trio lendário ao lado de Lionel Messi e Luis Suárez, conhecido como MSN. No entanto, apesar de todos os triunfos, Neymar também se tornou uma figura polarizadora.
Um dos principais fatores que contribuem para o ódio que Neymar recebe é sua onipresença na mídia e em campanhas publicitárias. Para muitos torcedores, ele parece mais um produto do que um atleta genuíno. Essa percepção é reforçada por sua constante exposição em anúncios e eventos, o que gera a impressão de que sua imagem é mais importante do que seu desempenho em campo. Essa transformação em um ícone comercial pode irritar aqueles que acreditam que o futebol deve ser mais sobre paixão e esforço do que sobre marketing.
Além disso, Neymar é frequentemente criticado por sua tendência a simular faltas e exagerar nas reações durante os jogos. Essa falta de esportividade é vista como uma afronta por muitos fãs, que valorizam a integridade e o respeito dentro do esporte. O estilo de jogo provocativo de Neymar, que muitas vezes o leva a entrar em conflitos com adversários, também contribui para essa imagem negativa. Ele é frequentemente acusado de provocar seus oponentes, o que resulta em rivalidades acirradas e reações hostis.
As atuações de Neymar nas Copas do Mundo também não ajudaram a melhorar sua imagem. Na Copa de 2014, ele se destacou, mas uma lesão nas quartas de final frustrou suas esperanças e as do Brasil. Quatro anos depois, na Copa de 2018, suas simulações e reações exageradas durante os jogos foram alvos de críticas. O episódio em que um pênalti foi desmarcado após revisão do VAR exemplifica essa situação, levando até mesmo figuras respeitáveis, como Galvão Bueno, a se referirem a suas ações como “gesto artístico”. Essa percepção de que Neymar é mais um artista do que um atleta sério gerou descontentamento entre os torcedores.
O impacto de sua saída do Barcelona para o Paris Saint-Germain em 2017 também deixou marcas profundas. A transferência, que envolveu uma multa recorde de 222 milhões de euros, foi cercada de controvérsias e descontentamento. Muitos torcedores do Santos, por exemplo, sentiram-se traídos pela forma como ele deixou o clube, levando alguns a queimarem suas camisas em protesto. Essa polarização entre os fãs, onde parte os idolatra e outra parte os detesta, é um reflexo da complexidade da figura de Neymar.
A crítica à sua postura dentro e fora de campo não se limita apenas a torcedores comuns. Jornalistas e comentaristas esportivos também levantam questões sobre seu profissionalismo. Para muitos, Neymar não aproveitou ao máximo seu talento, e suas estatísticas, embora impressionantes, não correspondem à expectativa que sua habilidade gera. Essa frustração é alimentada pelo fato de que, enquanto outros jogadores, como Messi e Cristiano Ronaldo, têm se destacado não apenas por suas habilidades, mas também por sua ética de trabalho, Neymar parece, em algumas ocasiões, se deixar levar pela fama e pelo glamour.
Por fim, a combinação de talento excepcional, comportamento provocativo e uma presença constante na mídia resulta em uma figura que é tanto admirada quanto odiada. Neymar é um jogador que, apesar de suas conquistas, carrega o peso de uma imagem controversa. Ele é um atleta que desperta paixões intensas, mas também um alvo fácil para críticas e hostilidade. A pergunta que fica é: será que esse ódio é realmente justificado? Ou é apenas uma consequência da pressão que vem com a fama e o sucesso?
Independentemente da resposta, a história de Neymar é um lembrete de que, no mundo do esporte, a linha entre amor e ódio pode ser extremamente tênue. E enquanto ele continua sua carreira, a expectativa é que, com o tempo, a percepção sobre ele possa evoluir, permitindo que os torcedores vejam não apenas o jogador, mas também o homem por trás da camisa.
