MILIONÁRIO CONVIDOU EX PARA SEU CASAMENTO PARA VÊ-LA SOFRER, MAS ELA CHEGOU COM SEUS TRIGÊMEOS…

O café esfriava na xícara enquanto Ricardo Mendes observava São Paulo através das janelas do seu escritório no último andar. Seus olhos percorriam a cidade que um dia o fizera sentir-se tão pequeno, mas agora parecia minúscula sob seus pés. Ajustou a gravata de seda italiana e sorriu para seu reflexo no vidro temperado – um sorriso que não alcançava seus olhos.

“Os convites chegaram, senhor Mendes”, anunciou sua assistente, depositando uma caixa negra sobre sua mesa de mármore.

Ricardo abriu a caixa com dedos precisos, examinando o papel artesanal e as letras douradas que anunciavam seu casamento com Marina Costa. Perfeição em cada detalhe, como tudo em sua vida agora. Separou um convite específico, aquele que planejara enviar há meses.

“Amanda, certifique-se de que este seja entregue pessoalmente no consultório da doutora Helena Santos, na Clínica Vida, em Moema.”

“A pediatra?”, perguntou Amanda, franzindo levemente a testa.

“Exatamente”, respondeu Ricardo, seu sorriso se alargando de forma quase imperceptível.

Helena retirou o envelope do pequeno pacote e franziu as sobrancelhas ao ler o nome do remetente. O coração bateu forte no peito. Ricardo Mendes. O homem que a deixara sem qualquer explicação, o homem que desaparecera da sua vida quando ela mais precisava dele.

Suas mãos tremeram ao abrir o convite. Um casamento. Ele ia se casar. Sua respiração falhou por um instante, mas logo a razão tomou conta. Não era surpresa. O Ricardo que conhecera sempre fora prático, ambicioso, além de implacável. Mas por que a convidara?

Helena sentiu a onda de emoções lhe invadir, mas sua expressão permaneceu serena. Se Ricardo queria provocá-la, queria vê-la sofrer, ele não teria esse prazer.

Olhou para o corredor e viu seus três pequenos brincando com os blocos coloridos no tapete da clínica. Trigêmeos. Seus filhos. Filhos de Ricardo. Ele nunca soubera, nunca estivera lá para descobrir.

Helena inspirou fundo e tomou sua decisão. Ela iria ao casamento. E não iria sozinha.

O dia do casamento chegou. O local, um luxuoso salão de festas no coração de São Paulo, estava impecavelmente decorado. Ricardo estava rodeado por convidados ilustres, sorrindo para todos com sua pose de homem bem-sucedido. Mas, em seu íntimo, ele esperava uma presença em especial.

Quando Helena entrou no salão, o burburinho começou. Trajava um vestido elegante, mas o que realmente chamou a atenção de todos foram as três crianças segurando suas mãos. Pequenos de olhos e feições tão familiares que fizeram Ricardo perder a voz.

O sangue fugiu de seu rosto quando os olhos de Helena encontraram os seus. Pela primeira vez em anos, Ricardo Mendes não sabia o que dizer.

Helena se aproximou, sua postura impecável. “Parabéns pelo casamento, Ricardo”, disse, sua voz doce, mas carregada de significado.

Os convidados cochichavam. Marina, a noiva, percebeu a tensão no ar e segurou firme o braço de Ricardo. “Quem é ela?”, perguntou, sem disfarçar o incômodo.

Ricardo não respondeu de imediato. Seu olhar estava fixo nas crianças. O cérebro trabalhava freneticamente para entender. Eles eram seus? Como? Por quê?

Helena sorriu, inclinando-se levemente para sussurrar: “Você queria me ver sofrer? Pois bem, Ricardo, espero que tenha aproveitado… Porque hoje quem está em choque é você.”

Ela virou-se e saiu, deixando para trás um homem que, pela primeira vez na vida, sentiu que não estava no controle.

E, ao lado dela, seus filhos caminhavam de cabeça erguida, sem saber que haviam acabado de transformar um plano cruel em uma vingança perfeita.