O ataque da seleção brasileira tem três jogadores do Real Madrid, o atual vencedor da Liga dos Campeões da Europa e clube mais poderoso do planeta. Também conta com opções, convocadas ou não, de Arsenal, Barcelona, Manchester United, Tottenham e outras forças expressivas do primeiro escalão da Europa.
Mesmo assim, nas eliminatórias sul-americanas da Copa-2026, o único país pentacampeão mundial conseguiu meter menos bolas nas redes adversárias do que a Bolívia, tradicional saco de pancadas do continente.
Nas oito primeiras rodadas do qualificatório da Conmebol para o Mundial que será organizado em conjunto por Estados Unidos, Canadá e México, o Brasil marcou apenas nove gols, um a menos que os bolivianos.
Na recém-encerrada Data Fifa, a equipe dirigida por Dorival Júnior só comemorou uma vez: o tento de Rodrygo que definiu a vitória sobre o Equador. No outro jogo, passou em branco — foi derrotada por 1 a 0 pelo Paraguai.
Já o sistema ofensivo da Bolívia funcionou bem demais. Foram quatro gols na vitória em casa sobre a Venezuela e mais dois no triunfo como visitante contra o Chile.
Problema crônico
O Brasil não marcou em quatro dos últimos nove jogos de competição (eliminatórias e Copa América) que disputou. Ou seja, ficou com zero no seu lado do placar em quase metade dos seus compromissos oficiais mais recentes.
Tão preocupante quanto: houve apenas uma partida no período em que conseguiu comemorar mais que uma única vez — goleada por 4 a 1 sobre o Paraguai, em junho.
Um dos favoritos ao prêmio de melhor jogador do mundo na última temporada e jogador com maior potencial para decidir pelo Brasil, Vinícius Jr. só marcou em uma das 12 últimas vezes em que vestiu a camisa da seleção — justamente contra o Paraguai. Seu jejum de gols pela equipe da CBF já dura mais de 300 minutos.