Dorival Júnior, técnico da seleção brasileira, recentemente prometeu aos torcedores que o Brasil estará na final da Copa do Mundo. Suas palavras, “Podem me cobrar”, vieram durante uma coletiva de imprensa antes da partida contra o Paraguai, nas eliminatórias da Copa de 2026.

No entanto, essa confiança e otimismo parecem contrastar com o desempenho atual da seleção, que sofre sem a presença de Neymar, afastado devido a uma grave lesão. A derrota recente para o Paraguai por 1 a 0 expôs fraquezas no time, e a ausência do craque camisa 10 continua sendo uma sombra sobre a seleção.

O Brasil iniciou as eliminatórias com uma vitória apertada contra o Equador, mas a sequência foi quebrada com a derrota para o Paraguai. O jogo evidenciou a falta de precisão da equipe brasileira, com vários erros de passe, especialmente no meio-campo.

Danilo, o lateral, teve um desempenho apagado, enquanto apenas Rodrygo e Paquetá demonstraram alguma iniciativa ofensiva. A seleção, sem brilho e com um futebol considerado fraco pelos torcedores, perdeu espaço no coração do público, que ainda lembra dos tempos de Neymar em campo.

O ataque da seleção brasileira, formado por Vinícius Júnior, Rodrygo e Endrick, todos jogadores do Real Madrid, teve uma atuação bem abaixo do esperado.

Vinícius, em especial, tem tido dificuldades para replicar seu sucesso no clube espanhol quando veste a camisa da seleção. Embora seja considerado um dos melhores jogadores do mundo, seu desempenho na seleção levanta dúvidas sobre sua capacidade de liderar o Brasil sem Neymar.

As críticas sobre a ausência de Neymar não se limitam à sua habilidade individual, mas à sua importância tática e emocional para a equipe. Os números comprovam a diferença que ele faz em campo. Desde sua estreia em 2010, o Brasil com Neymar possui um aproveitamento de 78%, com 92 vitórias em 128 jogos.

Sem ele, o aproveitamento cai para 67%. Esses números mostram claramente o peso do jogador no desempenho da seleção. Além disso, a média de gols marcados também cai significativamente sem Neymar, passando de 2,19 por jogo com ele para 1,96 sem ele.

Em Copas do Mundo, essa diferença de aproveitamento é ainda mais evidente, com a seleção apresentando desempenho inferior nos ciclos em que o craque não pôde participar integralmente.

A lesão de Neymar, ocorrida em 2023 durante uma partida contra o Uruguai, foi um duro golpe para a seleção. Ele precisou passar por uma cirurgia no ligamento cruzado anterior do joelho, e desde então, está afastado dos gramados. A previsão de retorno é para novembro de 2024, mas sua ausência já foi sentida em várias partidas importantes. Desde a lesão, o Brasil jogou 12 partidas, com apenas quatro vitórias, quatro empates e quatro derrotas.

Mesmo sem Neymar, a seleção brasileira já provou que pode ser competitiva. Em 2019, por exemplo, o Brasil venceu a Copa América sem o craque, sob o comando de Tite. No entanto, o atual momento da equipe não inspira a mesma confiança. Com Dorival Júnior no comando, a seleção enfrenta críticas intensas.

Muitos torcedores acreditam que Dorival não está à altura de liderar o time, e a pressão por resultados começa a pesar. Outros, no entanto, defendem o técnico, argumentando que a responsabilidade também deve recair sobre os jogadores, que parecem estar sem a garra necessária para representar a seleção brasileira.

Rodrygo, um dos principais nomes do elenco atual, reconheceu a importância de Neymar para a equipe, destacando que ele é a “estrela” do time.

A expectativa pelo retorno de Neymar é enorme, tanto para os torcedores quanto para os jogadores, que veem nele a peça fundamental para o sucesso na Copa de 2026. A recuperação de Neymar está sendo acompanhada de perto pelo Al-Hilal, clube árabe onde ele joga, e a previsão de retorno aos gramados é animadora.

Em resumo, o Brasil está em uma fase de transição e enfrenta grandes desafios sem sua maior estrela. A confiança de Dorival Júnior em levar o time à final da Copa do Mundo de 2026 é admirável, mas a realidade dentro de campo exige uma rápida evolução. O retorno de Neymar pode ser o fator decisivo para reviver as esperanças da seleção e dos torcedores.