A influenciadora e empresária Virgínia Fonseca está novamente no centro de uma polêmica envolvendo sua marca de cosméticos, a WePink.
Dessa vez, o que era para ser uma simples rotina de cuidados com a pele virou piada nas redes sociais — e uma verdadeira prova de resistência para os consumidores.
Internautas que adquiriram os novos esfoliantes corporais da marca estão denunciando que o produto chegou endurecido, praticamente impossível de usar, levantando uma onda de críticas, memes e reflexões sobre o consumo de influenciadores.
A situação começou com o lançamento de três novas versões do body scrub da marca: Scrub Obsessed (rosa), Scrub Liberté (azul e pink) e Scrub Fatal Rouge (vermelho).
O problema? Muitos compradores estão recebendo os esfoliantes em uma textura que mais parece… pedra. A comparação com materiais de construção não tardou: tijolo, argamassa, brita, barro seco — os apelidos foram criativos e impiedosos.
Os comentários irônicos não pouparam ninguém. Um influenciador chegou a dizer que, ao invés de usar o esfoliante no corpo, “deveria usá-lo para rebocar a parede ou cimentar um buraco da calçada”.
Outros brincaram: “A marca está pronta para entrar no ramo da construção civil”. Até uma internauta, desesperada com o estado do produto, comentou: “Parece escavação de dinossauro. Precisei de colher, micro-ondas e banho-maria para tentar salvar meu esfoliante”.
Outro relato viralizou ao comparar o uso do body scrub à tentativa de derreter goiabada em banho-maria. “Passei duas horas tentando amolecer a pedra com água quente, colher e reza brava. Da próxima, boto na airfryer.”
O humor, no entanto, veio misturado à frustração de quem investiu em um produto considerado premium — e caro — e recebeu um item supostamente fora do padrão.
Apesar do tom bem-humorado nas redes, o que preocupa muitos consumidores é que essa não é a primeira vez que produtos da WePink enfrentam críticas.
Desde o início da marca, já houve relatos de base que craquela em minutos, body splash com cheiro desagradável, batons com textura estranha e, agora, esfoliantes empedrados.
Muitos clientes relatam dificuldade de contato com o SAC da empresa e alegam que, mesmo após reclamações, raramente recebem respostas ou soluções.
“A WePink dá mais problema do que empresas de telefonia. E olha que isso não é pouca coisa”, desabafou uma cliente no TikTok.
Outro vídeo, com centenas de milhares de visualizações, mostra uma mulher tentando “cozinhar” o esfoliante com água fervente, dizendo que recebeu a dica da atriz Ingrid Guimarães — e ainda brinca: “Se colocar coentro e azeite, vira acompanhamento para o almoço”.
O problema com a WePink parece ir além da textura dos cosméticos. Várias críticas recentes levantaram a suspeita de que a marca não realiza testes de estabilidade adequados ou não armazena os produtos corretamente antes de enviá-los ao consumidor.
Para algumas clientes, isso explica por que um produto que deveria durar dois anos apresenta alterações em questão de dias.
Um caso específico relatado envolvia o body scrub Fatal Rouge, que foi descrito como “duro como rocha” logo após a abertura. “Não é só a textura que mudou, o cheiro também estava estranho.
Eu gosto da fragrância, mas parecia algo químico vencido”, afirmou uma consumidora que chegou a procurar a empresa para devolução, mas não obteve resposta.
O curioso é que, apesar de todas as reclamações, muitas seguidoras continuam comprando os produtos da marca. Algumas alegam “gostar demais da Virgínia” para parar de apoiar, outras dizem que “um dia o produto vem bom” e tentam insistir.
Uma internauta chegou a mostrar uma prateleira cheia de perfumes e body splashes da WePink e comentou: “Eu tenho tudo da marca, mesmo sabendo que a chance de vir com defeito é alta. Vai que agora dá certo”.
Esse tipo de comportamento levanta um alerta sobre o “fandom comercial”, onde a admiração pela personalidade acaba se sobrepondo à avaliação crítica da qualidade do produto.
Alguns especialistas em consumo apontam para um fenômeno semelhante ao da “síndrome de Estocolmo de marcas”, onde o consumidor continua apoiando empresas que o prejudicam repetidamente.
Até o momento, Virgínia Fonseca não se posicionou oficialmente sobre a nova leva de reclamações. Em outras ocasiões, ela chegou a se manifestar dizendo que “usa todos os produtos da marca” e que está “sempre melhorando”. Contudo, essa promessa tem sido colocada em dúvida a cada nova denúncia.
Uma internauta brincou que, se Virgínia realmente usa os produtos como diz, “os pés dela devem estar com casco ou ferradura para aguentar aquele esfoliante bruto”. Outra questionou: “Se até o produto que ela diz que usa tá assim, imagina o resto?”
Em meio à revolta, muitos consumidores têm criado piadas e teorias cômicas sobre a WePink. Segundo eles, a marca estaria prestes a lançar cimento, já que a massa corrida (base), a brita (esfoliante) e a cola (batom) já foram entregues ao público.
“Falta só o carrinho de mão e a argamassa. Daqui a pouco a gente ergue uma casa só com os cosméticos da Virgínia”, brincou um internauta.
A grande questão que fica é: até quando o público vai tolerar problemas de qualidade recorrentes em uma marca que, embora esteja nas mãos de uma das maiores influenciadoras do Brasil, também está sujeita às regras do mercado?
Para quem comprou um body scrub que virou pedra, a resposta pode ser um banho-maria… ou a decisão de finalmente dizer: chega.
Você já teve problemas com algum produto de influenciador?