Recentemente, a atriz e influenciadora Luana Piovani reacendeu um debate polêmico sobre a exposição de crianças na internet ao repostar em seus Stories um vídeo crítico relacionado à influenciadora Virginia Fonseca. Com a frase “pobres crianças rycas”, Luana colocou em evidência o impacto emocional e psicológico que a exposição excessiva pode ter nas crianças, especialmente aquelas que se tornam protagonistas involuntárias de perfis de redes sociais ainda muito jovens.
O vídeo original, publicado pelo comunicador Wilson Williams, trouxe à tona um ponto crucial: a linha tênue entre a vida pessoal e a exploração comercial na internet. Segundo Wilson, muitos influenciadores acabam transformando os filhos em “produtos” para ganhar relevância e dinheiro, prática que ele considera uma forma de exploração infantil.
A Exposição Infantil e Seus Efeitos
O argumento central do vídeo é que crianças não têm maturidade para consentir ou compreender plenamente a exposição que enfrentam. Além disso, o uso frequente de suas imagens em campanhas publicitárias, muitas vezes disfarçadas como publicações casuais, aumenta a pressão sobre elas.
“Toda criança é engraçada e graciosa, mas isso deveria ser algo natural, sem a necessidade de criar uma marca ou identidade pública antes mesmo de atingir a adolescência”, comentou Wilson no vídeo.
As críticas vão além: enquanto mães trabalhadoras que envolvem os filhos em suas atividades podem enfrentar críticas e até processos legais, crianças de influenciadores são transformadas em “pequenos funcionários” sem questionamentos aparentes.
Luana Piovani: Voz Crítica
Apesar de já ter sido criticada no passado por declarações polêmicas, Luana Piovani é conhecida por não evitar discussões delicadas. Em sua postagem, ela concordou com o ponto de vista do comunicador, reiterando sua preocupação com os impactos da fama precoce em crianças.
A Indústria da Influência Digital
O mercado publicitário em torno dos influenciadores é um dos mais lucrativos atualmente. Porém, ele frequentemente opera em áreas cinzentas, como a falta de transparência nas publicações patrocinadas. Wilson também apontou a hipocrisia das páginas de fofoca, que lucram ao divulgar a vida de crianças influenciadoras enquanto evitam questionar os limites dessa exposição.
Uma Questão de Consciência Coletiva
Essa discussão é um convite à reflexão para pais, seguidores e empresas. É necessário considerar o impacto a longo prazo dessa prática nas crianças e o papel da sociedade em permitir ou perpetuar essa dinâmica.