Paris Jackson, filha do lendário cantor Michael Jackson, enfrentou ao longo dos anos uma série de desafios relacionados à sua saúde mental, incluindo um sério episódio de tentativa de suicídio.

Esse incidente, ocorrido em 2019, trouxe à tona a luta contínua de Paris com depressão, transtorno de estresse pós-traumático (TEPT) e outras questões emocionais que, por muito tempo, estiveram fora dos holofotes, mas que são cruciais para entender sua trajetória.

Nascida em 1998, Paris teve uma infância cercada de fama e privacidade extrema, devido à atenção constante da mídia sobre seu pai.

Michael Jackson era conhecido por ser muito protetor com seus filhos, muitas vezes cobrindo seus rostos em público para mantê-los longe das câmeras.

Michael Jackson | LAODONG.VN

Essa infância incomum, marcada por uma fama mundial e, ao mesmo tempo, uma bolha de isolamento, trouxe consequências emocionais profundas.

Após a morte de Michael em 2009, quando Paris tinha apenas 11 anos, a jovem e seus irmãos passaram por um intenso luto público e pessoal.

Esse trauma foi agravado pela pressão externa e a invasão contínua de privacidade, o que culminou no desenvolvimento de TEPT.

Paris revelou em entrevistas que começou a experimentar alucinações auditivas, principalmente relacionadas ao som de cliques de câmeras, algo que a aterrorizava e a fazia sentir-se constantemente perseguida.

Esses sintomas são comuns em pessoas que vivenciam eventos traumáticos e, no caso de Paris, o peso do luto e da exposição mediática desde a infância contribuiu para a gravidade do problema.

Além do TEPT, Paris também lutou contra a depressão desde muito jovem. Aos 15 anos, ela já havia tentado o suicídio diversas vezes.

Durante um episódio particularmente sombrio, Paris tomou a decisão de se “autodespedir” do mundo, o que resultou em uma hospitalização de emergência.

Em entrevistas posteriores, ela revelou que essa não foi a primeira vez que tentou tirar a própria vida e, infelizmente, sentia-se sem rumo, pressionada pelas expectativas em torno de sua identidade e legado.

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A filha do “Rei do Pop” vivia uma intensa crise existencial, agravada por sua fama inescapável e pelo luto.

Em um depoimento profundamente pessoal, Paris confessou que se sentia pressionada pela sociedade a se adequar a padrões que não eram seus.

Desde muito jovem, ela foi submetida a uma análise pública constante, comparações com o pai e expectativas de um futuro brilhante na música ou na atuação.

Tudo isso pesou imensamente sobre ela, contribuindo para sua sensação de desesperança. Essa pressão foi exacerbada pelos comentários de estranhos, que frequentemente sugeriam que ela deveria encerrar sua vida.

Esses ataques cruéis, somados ao fardo já pesado que carregava, ajudaram a empurrá-la para o abismo emocional que quase custou sua vida.

Após a tentativa de suicídio em 2019, Paris foi hospitalizada e, felizmente, conseguiu buscar o apoio que precisava. Desde então, ela se comprometeu a cuidar de sua saúde mental, compartilhando com o público sua jornada de recuperação.

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Em várias entrevistas, a artista destacou a importância da terapia, especialmente a terapia de dessensibilização e reprocessamento por movimentos oculares (EMDR), que ajudou no tratamento de seu TEPT.

Ela explicou que, embora a terapia tenha sido extremamente útil, ainda enfrenta dias difíceis, mas agora possui ferramentas emocionais para lidar com essas adversidades.

Paris também falou sobre sua experiência com o suicídio, descrevendo os sentimentos conflitantes que cercam esses momentos de desespero.

Ela revelou que, em algumas tentativas, sentiu um arrependimento imediato, enquanto em outras, não houve essa sensação.

Essa ambivalência é algo que muitos que passam por crises suicidas relatam, e o relato honesto de Paris trouxe luz a essa realidade sombria, ajudando a desmistificar o estigma em torno da saúde mental.

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Felizmente, nos últimos anos, Paris parece ter encontrado um novo equilíbrio. Ela compartilhou que, embora ainda enfrente desafios, tem aprendido a se aceitar e a se amar.

A terapia continua a ser uma parte importante de sua vida, e ela incentiva outras pessoas a buscar ajuda profissional quando necessário. Além disso, Paris tem se focado em sua carreira musical e artística, encontrando um novo propósito ao canalizar suas emoções em sua arte.

Paris Jackson hoje é um exemplo de superação e de luta pela saúde mental. Sua história de tentativa de suicídio e recuperação é um lembrete poderoso de que mesmo aqueles que parecem ter tudo – fama, riqueza e talento – podem enfrentar batalhas internas devastadoras.

Ao compartilhar abertamente suas lutas, Paris não só está curando a si mesma, mas também ajudando a criar uma conversa necessária sobre saúde mental e suicídio, temas que ainda carregam muito estigma na sociedade.